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"Quem não reage, rasteja"

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Derretimento de gelo de pequenas montanhas deve aumentar o nível do mar em 12 centímetros até 2100


   O degelo de glaciares de pequenas montanhas e calotas polares vai contribuir para uma elevação de cerca de 12 centímetros do nível dos mares até 2100, informa estudo publicado na revista Nature Geoscience desta semana.
   Apesar desses glaciares conterem menos de 1% de toda a água congelada no planeta, atualmente são responsáveis por grande parte da elevação dos mares. “Há muitas pesquisas focadas nas grandes geleiras, mas poucos estudos de escala global quantificando o degelo desses pequenos glaciares, que hoje respondem por 40% do aumento médio do nível do mar”, diz Valentina Radic, pesquidora da Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá, coordenadora do estudo.
   Os pesquisadores criaram um modelo para projetar o derretimento e a perda de volume de 120 mil glaciares de montanhas e calotas polares. Esse é um dos levantamentos mais detalhados por região já realizados. Incluindo todas as áreas do planeta – de pequenas a grandes extensões de superfícies congeladas –, as geleiras devem perder 15% a 27% de seus volumes, segundo a pesquisa.
   O degelo deve provocar “impactos substanciais” na oferta de água nas diferentes regiões, assim como diferentes níveis de elevação do mar. Cidades como Katmandu, no Nepal, e La Paz, na Bolívia, altamente dependentes das águas glaciais tanto para consumo dos habitantes quanto para a agricultura, devem sentir bastante a mudança provocada pelo aquecimento global.
   Glaciares nas regiões árticas do Canadá e do Alaska e na Antártida serão os maiores responsáveis pelo aumento do nível do mar. Em menor peso, deve contribuir o derretimento do gelo nos alpes europeus, na Nova Zelândia, no Cáucaso, no Oeste do Canadá e dos Estados Unidos – apesar do baixo impacto global, essas áreas devem perde 50% do volume atual de gelo.
   Radic e a pesquisadora Regine Hock, da Universidade do Alaska projetaram o derretimento futuro dos glaciares com base em estimativas de temperatura e preciptação de dez modelos climáticos globais, utilizados pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas).

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