Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que el

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"Quem não reage, rasteja"

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Falar sem Pensar



SOMOS OS PENSADORES DOS NOSSOS PENSAMENTOS

   Diferentemente de outras funções e capacidades que possuímos na condição de seres humanos, é difícil lembrar que somos os pensadores dos nossos próprios pensamentos. É fácil lembrar que nossas vozes são o produto da nossa capacidade de falar.
   Seria praticamente impossível nos surpreendermos ante a nossa função da fala porque estamos muito cientes de sermos nós os que criamos o barulho. Poderíamos gritar, berrar, declamar e esbravejar, mas ainda assim não teríamos medo do som da próprias voz.
   O mesmo poderia ser dito sobre a capacidade de ingerir e digerir alimento.Você não comeria algo para depois ficar perguntando-se por que está com certo gosto na boca - você sempre está ciente de ser quem pôs a comida na sua boca.
   Mas pensar é diferente. William James, o pai da psicologia norte-americana, disse uma vez: "O pensamento é o grande originador de nossa experiência." Toda a experiência e percepção na vida têm por base o pensamento. Desde que o pensamento precede a tudo e ocorre automaticamente, ele é o mais básico e "familiar" que qualquer outra das funções que possuímos. Temos aprendido ingenuamente a interpretar nossos pensamentos como se fosse "realidade", mas o pensamento nada mais é que uma capacidade que temos - somos nós os que produzimos esses pensamentos. É fácil acreditar que, uma vez que pensamos em alguma coisa, o objeto do nosso pensamento (o conteúdo) representa a realidade.
   Quando nos damos conta de que o pensar é uma capacidade e não exatamente a realidade, podemos rejeitar quaisquer pensamentos negativos que passarem por nossas mentes. Fazendo isso, começa a emergir um sentimento positivo de felicidade. Se alimentarmos pensamentos negativos (prestando-lhes atenção demais ou repisando-os), perdemos o sentimento positivo e sentiremos os efeitos da negatividade.
   Eis um exemplo típico da forma como o pensamento pode ser mal interpretado e como essa falta de compreensão afeta cada um de nós - o "pensador". Suponhamos que, acidentalmente, você derrama um copo D'água no chão de um restaurante e, ao levantar as vistas, vê que um homem, a duas mesas da sua, dirige-lhe um olhar que você acha reprovador. Você responde com ira. "Qual é desse cara", você pensa. "Será que ele nunca derrubou água? Que idiota!" Você fica frustado com os pensamentos em torno da circunstância, que acabam estragando a tarde.
    A cada cinco minutos você recorda o incidente e, ao pensar nele, fica furioso. Mas a verdade é que aquele homem nem viu você derramar a água. Ele estava no mundo dele, reagindo aos próprios pensamentos sobre um erro que cometera no trabalho naquele dia. Ele mal poderia ter ligado menos para você. Na realidade, ele nem percebeu que você existia.
    Infelizmente, todos temos experimentado esse tipo de situação muitas vezes. Esquecemo-nos de que apenas estamos pensando. Enchemos nossas cabeças com informação falsa, que depois interpretamos como "realidade" em vez de "pensamento". Bastaria que pudéssemos lembrar que nós somos o pensador. Se pudéssemos realmente entender isso quando pensamos em algo, sentiríamos os efeitos de nossos pensamentos. No episódio do restaurante, poderíamos ter sido capazes de perceber que eram nossos próprios pensamentos, e não os de outra pessoa, o que nos pertubava


Trechos do livro você pode ser feliz

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