Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que el

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"Quem não reage, rasteja"

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A arte dos híbridos estranhos

   Kate Clark é uma escultora que vive e trabalha no Brooklyn, NY. Seu trabalho estuda a tensão entre as esferas pessoal e míticos, criando a escultura que sintetiza a face humana e o corpo de animais silvestres.
   Kate teve a sua primeira exposição individual na Galeria Claire Oliver em Nova York em 2008.Desde então, Kate foi incluída em exposições de museus no Museu de Arte Contemporânea Aldrich, Islip O Museu de Arte de Bellevue eo Museu de Artes.
   Kate teve sua primeira esposição individual este ano no Museu de Arte Móvel. Seu trabalho tem repercução a nível internacional e em coleções públicas como a Colecção Robert Davi em Londres e no C-Collection, na Suíça.


A artista americana Kate Clark cria faces humanas em corpos de animais empalhados. Com esses híbridos, ela diz colocar em discussão temas como humanidade, emoção e expressão. Na foto, um rosto de mulher dá mais expressividade ao corpo de um gamo, mamífero semelhante ao veado.


Clark diz que se interessou pelo tema da expressividade humana ainda na universidade, onde começou a desenvolver as esculturas. Usando animais empalhados, ela passou a manipular seus rostos, para que pudessem ter expressões semelhantes às humanas. Acima, a escultura que se chama "Garotinha" mostra um filhote de rena deitado.


A escultora trabalha com um vendedor de couro animal. Depois de obter as peles, ela as preenche com espuma e retira o rosto dos animais. A pele do rosto é raspada e esculpida sobre uma base de argila, para que se pareça com a humana. A foto mostra um busto de carneiro branco empalhado.


Clark diz que levou tempo até conseguir dominar os materiais e aperfeiçoar sua técnica de transformação dos rostos animais em humanos. O trabalho já dura dez anos. Na foto, a instalação artística mostra uma matilha de coiotes.


Clark diz que o vendedor de peles com quem trabalha a procura quando tem animais inusitados que não foram vendidps, mas a escultora garante jamais ter pedido por nenhum animal específico. Na imagem acima, um íbex (mamífero caprino), um lince-pardo e uma lebre-de-cauda-branca brincam juntos.



Segundo a artista americana,as esculturas provocam reações fortes nos espectadores, que muitas vezes não conseguem se aproximar das obras. A escultura na foto se chama "Bully" e mostra dois lobos brancos canadenses.


A escultora diz que gosta de despertar a curiosidade dos espectadores sobre o processo de produção da arte. Por isso, mantém aparentes as evidências da transformação das peles, como os alfinetes que usa para prendê-las nos corpos. Na imagem acima, duas hienas com faces humanas.
 

A artista procura aproveitar pálpebras e cílios dos animais nos rostos humanos que esculpe. Para ela, o trabalho fala sobre a necessidade de equilíbrio entre o homem e os animais. Na imagem, a escultura "Matriarca" mostra uma zebra com rosto de mulher.



A depender de sua inspiração, a escultora cria faces feminas em animais que eram do sexo masculino originalmente, como o busto de antílope desta foto. Ela diz que prefere utilizar familiares e amigos como modelo para os rostos que esculpe aos invés de "faces idealizadas". 


Para Clark, é importante que as expressões das esculturas sejam sutis, belas e vívidas. Ela diz que sua intenção é que o trabalho conte a história de cada animal através de uma expressão facial com a qual humanos podem se conectar. Na imagem, um urso preto.

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