O vibrador foi inventado há mais de um século atrás, com o intuito de poupar as próprias mãos da fadiga causada por tratar da “histeria feminina”, condição esta que incluía queixas crônicas como ansiedade, insônia, irritabilidade, nervosismo, fantasias eróticas e humidificação dentro da vagina, ou seja, frustração sexual.
Se eu entendi bem, as mulheres quando tinham os problemas acima citados, tinham consultas no médico para serem masturbadas, quem diria? Além de serem masturbadas, ainda recebiam prescrições médicas para tratar da histeria (em grego significa útero).
No século XIII, os médicos aconselhavam as mulheres a usarem vibradores, já no século XVI os médicos recomendavam as mulheres casadas a encorajarem a cobiça nos seus maridos, para viúvas, solteiras e mulheres casadas que eram infelizes, eles recomendavam cavalgar, já que em alguns casos estimulava o clitóris suficientemente para que as mulheres atingissem o orgasmo.
No século XVII os vibradores foram “condenados” eram contra a decência e foi então que um tratamento inovador surgiu médicos ou parteiras massageavam o clitóris da paciente que sofria de histeria feminina, inseriam um dedo com óleo de flor de lis ou de açafrão-da-primavera como lubrificante, conseguindo assim relaxar a paciente. (ou seja, fazendo-a gozar).
No século XIX as pessoas desconfiavam muito dos médicos, já que muitos deles tiveram pouco ou nenhum treinamento científico, mas a histeria era uma “doença” que os médicos podiam tratar e as pacientes retornavam regularmente. O problema com o tratamento era o cansaço que causava aos dedos dos médicos por terem que massagear vários clitóris fazendo com que os médicos começassem a experimentar utilizando substitutos mecânicos para as suas mãos, sendo que inúmeros objetos foram um fracasso.
No final do século XIX com o surgimento da eletricidade dentro dos lares, surgiram aparelhos como máquina de costura, ventilador elétrico e a torradeira. Em 1880, o Doutor britânico Dr. Joseph Mortimer Granville, inventou o vibrador eletromecânico, detalhe, o vibrador foi inventado quase uma década antes do aspirador de pó e do ferro elétrico, ou seja, era algo necessário.
Até o século XX, homens americanos e europeus acreditavam que as mulheres eram incapazes de ter desejo sexual e sentir prazer, que as mulheres eram meros receptáculos (que horror e tem homens que pensam assim até os dias de hoje), serviam apenas para procriar. Com a chegada do vibrador elétrico os médicos foram perdendo as pacientes que preferiam comprar o “remédio” para a histeria e se auto medicarem em suas casas.
Com a invenção dos filmes, os vibradores começaram a serem usados em pornografia e ganharam uma reputação repugnante, tonando-se socialmente inaceitável em 1920 e desde de essa época até 1970,era praticamente difícil de encontrar um para comprar.
Hoje, apesar do termo vibrador constranger muita gente, podemos encontrar inúmeros modelos, tamanho e funções para esses aparelhos. Eles podem ser a reprodução fiel de um pênis, ter o formato de bolinhas coloridas que você pode carregar na bolsa ou o formato de um batom. Há até modelos com dispositivos interativos, como os que são ativados com mensagens enviadas pelo celular ou conectados ao ipod, que reproduzem vibrações de acordo com a música que está sendo reproduzida.
Atualmente calcula-se que 25% das mulheres possuem vibrador e que 10% dos casais americanos utilizam um vibrador durante o relacionamento sexual com seus parceiros.
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