A Rússia central vive a onda de calor mais intensa das últimas décadas. Moscou, a capital, registrou 37,2º C nesta segunda-feira (26), a temperatura mais alta em 130 anos de medições oficiais no país. O recorde anterior foi estabelecido em julho de 1920, quando os termômetros marcaram 36,8º C.
Os valores surpreendem a população acostumada a verões amenos, com temperaturas variando entre 18º C e 22º C. De acordo com o Centro Panrusso de Exposições (VVTs), as temperaturas superaram os 35 graus só em outros seis anos em um dia do verão.
O ano de 2010 é diferente de todos os outros, pois a temperatura já passou dos 35 graus cinco vezes neste mês de julho. O Serviço de Meteorologia local prevê mais calor para esta semana com temperatura de até 39ºC.
O calor excessivo tem sido registrado desde o final do mês passado em várias outras regiões da Rússia e chama a atenção de estudiosos e grupos ambientalistas que sugerem efeitos do aquecimento global. Sem conclusões antecipadas, o fato é que os resultados dessa onda de calor são catastróficos.
Na produção agrícola a pior seca em décadas já destruiu 9 milhões de hectares, o equivalente a um quinto da safra total deste ano. O clima seco e quente fez 945 focos de fogo surgirem na semana passada. Na capital, o nível de poluição chega a sete vezes mais do que o normal.
O Ministério de Situações de Emergência registrou pelo menos 1.200 mortes por afogamento neste mês. Para fugir do calor extremo, muitas vezes a população sem preparo nada em tanques de água, canais e rios.
Até no zoológico da região, funcionários trabalham horas a mais para tentar manter as taxas de frio para os animais castigados pelas altas temperaturas.
Já no primeiro quadrimestre de 2010, a NOOA havia registrado o período mais quente dos últimos 131 anos, com a temperatura média continental para o mês de abril atingindo 1,29 graus Celsius acima da média do século 20.
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