É aí que a história ganha um novo personagem. O diretor de arte Croix Gagnon, fã de fotografia, resolveu aproveitar o material para uma nova concepção: a série de fotos 12:31, em referência ao horário de morte do condenado. Croix criou uma animação com 20 segundos de duração juntando em sequência cada uma das imagens das fatias do corpo do assassino. O vídeo foi exibido na tela de um computador, que foi movimentado em um cenário escuro, enquanto o fotógrafo Frank Schott clicava — todas ambientadas nas ruas de São Francisco. “Foram feitas mais de 200 tentativas para chegarmos às sete imagens que compõem o projeto”, diz.
O efeito, que lembra uma pintura antiga, e bem fantasmagórica, foi conseguido pelo autor ao fotografar a luz emitida pelo laptop com um tempo de exposição longo — a mesma técnica utilizada para registrar cachoeiras ou avenidas, que dá movimento à imagem. A forma final dependia de como o assistente movia o computador durante a captura. A ideia de que o ensaio ficasse aterrorizante não era o objetivo inicial. “Queríamos criar fotografias com bastante beleza e ambiguidade para chamar o espectador para a história. As imagens só se tornam macabras depois que você entende o contexto das fotos”, diz Croix.
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