Usar ônibus pode ser eficiente, mas estudantes holandeses estão construindo algo que chamam de “Superbus” para resolver problemas como cheiro, velocidade e número de malucos. É um míssil elétrico de alumínio e fibra de carbono capaz de carregar 23 passageiros a até 250 km/h.O Superbus é um conceito interessante e já está em desenvolvimento avançado. A ideia por trás do Superbus é remover as partes ruins das viagens em ônibus, de forma a incentivar as pessoas a tomar ônibus ao invés de andar com carros.
O Superbus procura resolver isso de várias maneiras, começando com o formato. Ao invés do monstro quadrado no qual você costuma subir, o Superbus usa um chassis baixo com dezesseis portas asa-de-gaivota independentes, tornando a entrada e saída de pessoas mais fácil. Saí o grande e fedorento motor diesel, em seu lugar entra um conjunto de baterias de polímero de lítio alimentando um par de motores elétricos que somados, alcançam uma potência nominal de 405 cv e picos de até 810 cv.
Talvez a parte mais importante é a conveniência e conforto que o Superbus proporciona. A ideia é não ter um itinerário fixo, em seu lugar as pessoas compram lugares no ônibus, ligam ou enviam mensagens de texto com local e hora para embarcarem. Da mesma maneira, você indica o destino e ele monta o melhor roteiro para deixar todos os passageiros. No caminho, mais conforto que atualmente: a carroceria em fibra de carbono vai ser recheada com um interior agradável, com bastante espaço para as pernas e disposição de lugares como em um trem, com duas filas de assentos viradas uma para a outra, com espaço para uma mesa ao centro, ar-condicionado e, tomara, nenhum cheiro de urina. Esta última vale a passagem, não importa o preço.
O projeto é liderado pelo professor dr. Wubbo Ockels, o primeiro astronauta holandês e professor na TU Delft, Dr. Ing. Antonia Terzi, vinda da BMW-Williams na qual estava envolvida em engenharia e aerodinâmica, e Joris Melkert MSc, um aficcionado por aeronáutica que trabalhou no NUNA 3, o carro solar mais rápido do mundo.
Com essa equipe e um time de estudantes trabalhando com eles, completaram o projeto, testaram o chassis, e começaram a montar os componentes de fibra de carbono para um veículo de demonstração. Apesar de dizerem que os custos de operação e as tarifas não precisarão ser mais altos que os atuais, esperam vender o produto para cidades como Dubai (o que pode ser uma furada considerando a situação econômica delicada da região), ou outros lugares com alta densidade populacional e pessoas à procura de um melhor transporte de massas.
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