Para determinar quanto as pessoas associam certas palavras com o seu bem-estar, os cientistas pediram para que participantes avaliassem vocábulos em uma escala de 1 a 10 de felicidade. Assim, a palavra “risadas” recebeu um valor médio de 8,5 contra 1,3 de “terrorista”, por exemplo.
Embora um aumento de felicidade tenha ocorrido entre janeiro e abril de 2009, no geral, a população tem se mostrado menos contente, com uma queda acentuada no primeiro semestre de 2011. A análise foi baseada no cruzamento de mais de 46 bilhões de palavras postadas nos últimos 3 anos por 63 milhões de membros do Twitter. A conclusão foi que, com o passar do tempo, as mensagens enviadas à rede estão cada vez mais tristes, com baixos picos de felicidade nos feriados e nos finais de semana, seguidos de uma queda grande nas segundas e terças feiras. Depressões acentuadas também foram observadas após desastres naturais e eventos de comoção pública (como o acidente nuclear de Fukushima).
A análise foi realizada por pesquisadores da equipe do matemático Peter Dodds, da Universidade de Vermont.
O trabalho, divulgado na revista científica PLoS ONE, e é apenas um indicativo. Mas, com a popularização do serviço, as conclusões tiradas se tornam mais relevantes. Os pesquisadores ressaltam ainda que a felicidade individual é uma das mais importantes métricas sociais. A maioria das políticas públicas visa aumentar esses índices, mas medi-los é muito difícil: na abordagem tradicional, por meio de entrevistas, as pessoas tendem a mentir.
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