Na evolução dos órgãos, a pele veio em primeiro lugar. A descoberta de que até as esponjas possuem proto-pele mostra que a separação do interior e do exterior de animais multicelulares foi peça importante para a evolução. É de conhecimento geral desde a década de 60 que as esponjas possuem uma camada externa de células distintas, ou epitélio. Mas como as esponjas não possuem os genes envolvidos na expulsão de moléculas, supunha-se que este não era um órgão funcional.
A pesquisadora Sally Leys, da Universidade de Alberta, no Canadá, mostrou o contrário. Quando a pesquisadora produiu esponjas em membranas finas, com líquido acima e abaixo, ela descobriu que o epitélio manteve algumas moléculas de fora.
As esponjas foram os primeiros animais multicelulares a evoluir, de modo que a descoberta significa que toda vida complexa possui pele. Sally Leys acredita que o órgão foi vital, pois isolava as entranhas dos animais de seu entorno. Como resultado, as células podem enviar sinais químicos entre si, sem interferência, preparando o cenário para que os órgãos complexos se desenvolvessem.
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