A pesquisa "Deixados para trás pelo G20?", da Oxfam, revelou que o Brasil só fica abaixo da África do Sul no quesito desigualdade. A entidade atua na erradicação da pobreza e da injustiça social.
O estudo utilizou o método comparativo, analisando a influência dos 10% mais pobres da população na renda nacional. Nas piores posições, também estão México, Rússia, Argentina, China e Turquia; todos emergentes.
No lado oposto, ficam as economias desenvolvidas com renda maior, como a França, o melhor posicionado, a Alemanha, Canadá, Itália e Austrália.
Apesar do resultado desfavorável, o Brasil foi apontado como um dos países onde a luta contra a pobreza mais rende bons frutos. De acordo com a análise, houve 12 milhões de tupiniquins que conseguiram sair da pobreza absoluta no período de 1999 a 2009.
Caso o Brasil registre crescimento de 3,6% em 2012, previsto pelo FMI, e permanecer em queda no índice na desigualdade e de população, haverá 5 milhões a menos de pessoas pobres até 2020.
Porém, se a desigualdade aumentar ao longo dos anos, nem crescimento do PIB reduzirá nível de pessoas na linha de pobreza.
Saídas para igualdade
De acordo com o chefe do escritório da Oxfam no Brasil, Simon Ticehurst, o governo deve dar continuidade a programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. O especialista defende ainda maior intervenção estatal no sistema de distribuição de recursos e critica as regras do mercado, que "não vai fazer uma redistribuição (de renda)" mesmo que crie empregos.
Para Ticehurst, é necessário ainda apostar na sustentabilidade, na reforma agrária e no estímulo à agricultura familiar, já que 47% das pessoas mais pobres do Brasil vivem no campo e produzem cerca de 75% do alimento consumido pelos brasileiros.
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