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"Quem não reage, rasteja"

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Guerra nas Estrelas



   Recentemente, as paradisíacas ilhas Canárias foram palco de uma verdadeira Guerra nas Estrelas, travada entre dois grandes observatórios astronômicos. Durante duas semanas, feixes de raios laser cruzaram o céu noturno em um experimento que promete mudar a forma de medição dos gases do Efeito Estufa.
   O experimento foi realizado pela Agência espacial Europeia, ESA, em parceria com o Instituto de Astrofísica das Canárias, IAC, da Espanha e é a primeira fase de um ambicioso projeto que envolverá diversos satélites em órbita baixa ao redor da Terra.
   Nesta primeira etapa, feixes de laser verde foram disparados do observatório na ilha de La Palma em direção ao telescópio do observatório Teide, na ilha Tenerife, a 144 km de distância. O objetivo é avaliar o uso da técnica conhecida como "espectroscopia de absorção diferencial por infravermelho", uma maneira de fazer medições extremamente precisas de traços dos gases responsáveis pelo Efeito Estufa, como o metano e o dióxido de carbono.
   Nos testes realizados entre La Palma e Tenerife, o feixe de luz verde não tem qualquer importância experimental e serve apenas como guia para os invisíveis pulsos de laser infravermelho disparados em paralelo.

Absorção

   Utilizando comprimentos de onda infravermelha adequados é possível calcular a absorção provocada pela concentração dos gases e então estimar a quantidade entre os dois observatórios. Futuramente, o objetivo é disparar lasers entre dois ou mais satélites que estejam próximos ao horizonte, monitorando de forma global a concentração de moléculas.
   Atualmente, os pesquisadores utilizam técnica similar em que um feixe de micro-ondas entre satélites posicionados ligeiramente abaixo horizonte são afetados pela concentração dos gases na alta atmosfera. Este novo conceito, no entanto, utiliza pulsos de infravermelho laser, que permitem maior precisão e largura do espectro observado.
    Além das medições diretas, se repetido em diferentes altitudes pode-se criar um perfil vertical de concentração, que se estende desde a baixa estratosfera até a atmosfera superior.
   O recente experimento foi conduzido por uma equipe de cientistas do centro Wegener, da Universidade de Graz, na Áustria e das universidades de York e Manchester, no Reino Unido.
   "A campanha é um passo crucial para a realização dos experimentos de laser no espaço", disse o cientista Gottfried Kirchengast, ligado ao Centro Wegener e um dos líderes do projeto. "Estamos muito animados com esta demonstração pioneira entre as ilhas. O trabalho para medir o dióxido de carbono e o metano foi bem sucedido".

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