Vale tudo, menos usar um revólver ou disparar impulsos eletromagnéticos para desligar o sistema de seu rival. A graça é partir pra porrada ou, no caso, pro “impacto mecânico”. Essa rinha de galos do 4º milênio nada mais é que o combate entre robôs, uma competição em que robôs são colocados em uma arena e devem se digladiar até que um dos dois seja imobilizado ou totalmente destruído. O negócio, além de muito divertido de ver, é levado bem a sério, principalmente pelos brasileiros: “Não tem pra ninguém: o Brasil tem os robôs mais fortes do mundo. A gente ganha tudo lá fora” é o que diz Paulo Lenz, um dos organizadores do campeonato brasileiro de combate de robôs, que começou hoje, 1 de novembro, em São Paulo.
Além das lutas, outras 4 modalidades robótico-esportivas vão ser disputadas no evento, algumas rádio controladas, outras totalmente autônomas,em que os robôs tomam as decisões por conta própria: Hockey (rádio controlada), espécie de partida de futebol, Seguidor de Linha (autônoma), tipo de corrida contra o relógio, Sumo (ambos), adaptação da luta japonesa, e Robô Trekking (autônoma), modalidade outdoor em que os participantes devem reconhecer o ambiente e chegar a um ponto pré-determinado. O robô que está em Marte nesse momento usa conceitos dessa modalidade. Mas não tem jeito, o que chama atenção mesmo é o UFC dos robôs.
As lutas são divididas por peso e tem robô de até 30 mil dólares dando a cara a tapa – os lutadores são guiados por controle remoto, por pessoas de carne e osso que ficam fora do ringue. Existe até uma liga exclusiva do esporte: é a RFL ou Robot Fighting League, entidade que regula as regras do jogo, como a duração máxima de 3 minutos por embate (leia a entrevista abaixo e entenda outras leis que regem a porradaria eletrônica – tem até juiz). São cerca de 180 robôs e 400 pessoas participando do campeonato, quase todas vindas de cursos de engenharia espalhados pelo Brasil.
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