De acordo com Amber Soja, especialista em queima de biomassa junto ao NIA, Instituto Nacional Aeroespacial, dos EUA, além dos efeitos imediatos sobre a saúde, essa queima de florestas é parte da equação do Aquecimento Global. Segundo a pesquisadora, as queimadas no hemisfério norte são um claro sintoma do aquecimento do planeta. "Estamos vivendo os primeiros sinais das mudanças climáticas e esses incêndios são parte dessas mudanças", disse Soja.
Segundo a cientista, o aumento da temperatura será o fator decisivo no disparo de incêndios maiores e mais frequentes. Esses incêndios que lançam mais partículas e gases na atmosfera, amplificando ainda mais o chamado Efeito Estufa.
Números impressionantes
"Descobrimos que 90% da queima de biomassa é provocada diretamente pelo Homem", disse Joel Levine, cientista-chefe da Nasa que liderou um programa de estudo sobre queimadas entre 1985 e 1999.
Levine e seus colegas visitaram diversos incêndios florestais no Canadá, Califórnia, Rússia, África do Sul, México e também em regiões áridas.
Segundo o levantamento da época, a queima da biomassa mundial contribui com cerca de 30% do dióxido de carbono na atmosfera, gás que segundo os especialistas é o maior responsável pelo Aquecimento Global."As estimativas atuais concordam com esses números", disse Paul F. Crutzen, um dos pioneiros à relacionar a queima da biomassa ao aumento do CO2. Crutzen recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1995, junto com Mario J. Molina e F. Sherwood Rowland, pelo estudo aprofundado da química da atmosfera.
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